Maria Manuela de Portugal. A última infanta que nasceu em Coimbra

No Paço da Universidade de Coimbra, outrora o Paço Real da Alcáçova de Coimbra, nasceram mais reis de Portugal e príncipes do que em qualquer outro palácio real português.
Em 1527 com a peste a propagar-se por Lisboa, torna-se necessário proteger a corte e por esse motivo mudam-se para Coimbra. Tinham passado 500 anos no interior deste edifício desde que a grande alcáçova muçulmana tinha dado origem à elaboração do Paço real da alcáçova. Ao longo destes 500 anos o edifício foi sofrendo grandes alterações e D. Manuel I tinha lançado uma campanha de obras em 1507 segundo o ambicioso plano de Diogo Boitaca e era esse plano que estava em marcha quando a Infanta nasce aqui no Paço Real de Coimbra.
As obras tinham sido prosseguidas por Marques Pires, depois retomadas por Diogo de Castilho, justamente a meses da chegada da corte. A vinda da corte não é portanto inesperada, é preparada de longe, justamente por esta campanha de obras.
Quando a corte chega, o aspeto do Paço é de um estaleiro de obras que em boa parte está ainda em fase construtiva e estão justamente prontos os aposentos principais, a Capela e os aposentos reais, onde a Infanta vai nascer.
Hoje é uma sala de aulas, aquilo que resta do que foi a câmara da rainha, onde, a 15 de Outubro de 1527, veio à luz a Infanta D. Maria Manuela de Portugal.
Infanta D. Maria Manuela filha do D. João III, ao nascer, sendo a única filha viva do monarca, foi jurada Princesa Herdeira da Coroa de Portugal, titulo que manteve até 1531.
A 1543 celebrou-se o contrato de casamento de D. Maria Manuela com D. Filipe, Príncipe das Astúrias e que viria a ser o futuro Filipe II de Espanha e I de Portugal.
Faleceu a 12 de Agosto de 1545, quatro dias após ter dado à luz.
Sérgio Flores
Maria Manuela, Princess of Portugal and Asturias - El Prado.jpg | Criação: século XVI

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